Quando foi a última vez que você viu um filme de fantasia medieval?
Esse foi um dos pensamentos que acabou cruzando minha mente
depois que eu assisti Jasão e os Argonautas (1963), por mais que ele não se
encaixe exatamente no gênero. É um filme bastante divertidinho de aventura e
fantasia sobre a vingança de um príncipe cujo reino foi roubado, e é uma
daquelas histórias de jornada épica, onde nossos heróis passam por várias ilhas
e encontram tantos quantos perigos, que, muitas vezes, vem na forma de
monstrinhos bem bacanas animados em stop motion!
E com essa ideia em mente, eu pesquisei sobre a produção de filmes de fantasia em geral, e eu encontrei muita gente com muitas opiniões diferentes, como um sentimento vago de que produções desse gênero (ou subgêneros associados) não são mais tão comuns quanto eram no passado, ou que falham em transmitir a mesma “mágica”. Sentimentos perfeitamente válidos na minha opinião, justificados se não por ondas significativamente populares que expressam um desejo de “trazer de volta a fantasia sombria”, então por críticas ao “realismo” de produções hollywoodianas que pintam tudo de cinza, preto, ou marrom, e usam CGI em excesso para tudo.
Mas eu também cheguei comentários de especialistas que
sugeriram alguns dos seguintes fatores para a baixa produção de filmes do
gênero:
1.
Custos de produção muito altos.
a.
Que levam investidores a preferir apostas mais
“seguras”, menos “estranhas”, afinal fantasia é um nicho.
2.
Dificuldades de se encaixar numa cultura de
franquias e spin-offs.
a.
Mas nesse caso, se aplicando mais a filmes velha
guarda de espada e feitiçaria.
Basicamente, esses filmes eram mais “populares” e “mágicos”
no passado porque a indústria era um pouquinho menos “executiva” e se permitia
explorar vias diferentes. Claro, isso sem dúvida devido a uma série de
condições sociais muito específicas, mas que eu acho que podem também ser
reduzidas à frase: o mundo pertence cada vez mais aos bilionários.
Ainda existem sim muitas histórias realmente fantásticas por
aí, tanto no mundo dos filmes, quanto jogos e também livros, mas a realidade é que
cada vez mais elas são delegadas ao mundo das produções indies, e
independentes.





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