Nunca vai haver um terceiro livro d’A Crônica do Matador do Rei.
Quatorze anos depois da publicação do segundo volume do que
era para ser uma trilogia (e posteriormente, o autor disse que seria uma série
ainda maior), eu não acho que a opinião de que essa história não vai para lugar
algum tão cedo é controversa... pelo menos não hoje em dia.
Afinal, no primeiro livro, nos é prometido que em três dias
seriam transcritos em três livros, tudo sobre como Kvoth matou um rei, salvou
uma princesa, descobre o tem atrás da porta de pedra na biblioteca, foi expulso
da escola de magia, cria os baús, é traído por alguém próximo de si, perde
tudo, lida com os Chandrianos, e mais uma porrada de coisas. E a gente leu 2/3
dessa história, e de todas as promessas que nos foram feitas, foram cumpridas
quantas? Kvoth entra na escola universidade mágica jovem, come a Feluriana... e
só? E “tudo isso” em “apenas” 1610 páginas.
Honestamente, quando eu terminei de ler o segundo volume há
tantos anos atrás, eu já tinha certeza de que seria bastante complicado, para
dizer o mínimo, de colocar todos os outros feitos do protagonista no último
volume da história, quando a gente lê quase mil páginas só para ver o herói
dormir com uma mulher, cumprir apenas uma de suas promessas. É evidente que o
segundo volume dessa trilogia é especialmente inchado e mal direcionado. E com
uma breve pesquisa online, você pode facilmente descobrir o porquê.
Do dia para noite o autor dessa trilogia, Patrick Rothfuss,
virou um dos escritores de fantasia mais famosos e consagrados do planeta, e
igualmente rapidamente, se mostrou também um dos escritores mais arrogantes
deste mesmo mundinho.
A julgar pelas atitudes de Patrick, eu duvido que qualquer
editor conseguisse direcioná-lo a usar suas páginas mais eficientemente, e no
fim do dia, como o novo queridinho da indústria, ele provavelmente tinha o
poder de fazer o que quisesse com seus livros. E se julgando uma das pessoas
mais geniais a ser alfabetizada o resultado é que ele gastou 2/3 dos livros que
prometeu que escreveria para contar 1/10 da história que prometeu que contaria.
Tanto que algumas das últimas notícias que temos da saga (e do autor) são
tristes, para não se dizer patéticas.
E honestamente? É uma pena, porque eu adorei esses livros, a
escrita é muito fluida, os personagens são incríveis, e a história e o mundo
são muito interessantes.
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