Ficção baseada em mitologia, muitas vezes, é ficção cristã disfarçada.
Esse foi um dos pensamentos que eu tive quando depois de
reassistir “Fúria de Titãs (2010)”; além de entender também porque eu gostava
tanto desse filme quando criança, com todos os cenários muito variados, vários
monstrinhos e armaduras interessantes, e um vilão muito dahora.
E o que quero dizer com “ficção cristã disfarçada”? Quero
dizer que essas histórias, no fim do dia, giram ao redor do conflito entre um
bonzinho deus dos deuses que vive no céu (frequentemente representado por um
homem barbado), contra um malvado deus do pseudo-inferno. Também não é raro que
um homem comum, do povo, seja aquele a derrotar a analogia satânica nessas
histórias, e que as lições de moral transmitidas sejam estereotipicamente cristãs.
E enquanto eu não acho necessariamente problemático fazer
releituras de histórias antigas para novas audiências, eu sinto que o “filtro”
cristão aplicado sobre essas histórias definitivamente pagãs apaga por demais a
identidade original delas e qualquer ideia mais refrescante que poderiam nos
trazer.
Digo, claro, você pode ler “Fúria de Titãs” da forma como
quiser, humanos são especialmente bons em encontrar significado nas coisas,
afinal. Mas no fim do dia, é uma história onde o filho de deus, com a ajuda de
seu pai, derrota o pseudo-diabo que queria destruir o mundo quando os humanos
passaram a rejeitar o divino.
Gostou do post? Então podes também gostar de meus livros! Acesse esse link, e compre já :D
Nenhum comentário:
Postar um comentário