Sabe o GIF da menina de cabelo vermelho perto do topo do blog? Ela é uma personagem principal do mangá/anime Elfen Lied, “Lucy”.
A sinopse dessa história, basicamente, é sobre o surgimento de uma nova espécie de seres humanos, os “diclonius” que possuem poderes psíquicos, e como a espécie humana, temendo a própria extinção, executa, tortura, e estuda esses seres.
Pois bem, Lucy sofreu uma infância miserável de horrível, e
como qualquer outra criança que passasse pelas mesmas experiências tenebrosas enquanto possuindo
poder inigualável faria, ela matou um monte de gente. Acabou capturada pela
organização responsável pelo controle de sua espécie, e passou anos sofrendo em
experimentos terríveis nas mãos dos cientistas. No começo da história, porém,
ela consegue escapar... mas não antes de sofrer uma golpe na cabeça e
desenvolver dupla personalidade: uma inocente e bobinha, ignorante aos sofrimentos
pelo que passou, e outra sombria e cheia de ódio.
Daí em diante é um vai e vem da organização tentando
re-capturar a Lucy porque ela foi a primeira de sua espécie, e também um
“dilema moral” onde os cientistas, soldados e executivos dessa organização
afirmam que os diclonius são inerentemente malignos, psicopatas assassinos que
devem ser extintos.
Por que coloquei o termo “dilema moral” entre aspas? Porque
claramente não há dilema algum!
Repetidamente ao longo da história, Lucy e outras diclonius
demonstram empatia, bondade, e a capacidade de agir para o bem – digo, só o
fato de que a segunda personalidade de Lucy, aquela que não se lembra dos
traumas, é uma garota bobinha e inocente já prova a baboseira que é esse
dilema...
Bem, o autor não pensou igual, aparentemente.
Sim. A conclusão dessa história não é sobre aceitação do
diferente, mas o inverso.
No último arco do mangá – nunca adaptado – é tornado
canônico que as diclonius são sim irreparavelmente, imperdoavelmente, e
inerentemente malignas e merecem a extinção, e é exatamente isso que acontece:
várias delas são (explicita e implicitamente) massacradas, e é desenvolvido uma
“vacina” para impedir o nascimento de mais membros de sua espécie. Fim.
Moral da história? Hmm... se aproveite sexualmente de
pessoas estranhas, depois as rejeite com todas as forças, eu acho.
1/10 – pelo menos o anime foi icônico, mas definitivamente
não recomendo o mangá.
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