terça-feira, 22 de abril de 2025

O Livro de Resident Evil é... Surpreendentemente Bom?

 


    Eu sou da opinião de que filmes e séries adaptando jogos são, geralmente, uma merda. Eu pensava que uma série de livros adaptando uma série de jogos seria, também, uma merda. Imagina minha surpresa quando Resident Evil: The Umbrella Conspiracy me surpreendeu e me provou errado da melhor forma possível.

    Antes de qualquer coisa, preciso avisar que o livro não é uma adaptação 100% fiel aos jogos, mas diferentemente dos filmes, eu não apenas aprovo as mudanças feitas aqui, que respeitam todos os personagens e cenário da história original, como acho que elas são muito bem vindas.

    Afinal, apesar de eu gostar muito dos jogos, tenho de admitir, bem como qualquer outra pessoa que já jogou algum game da série, eu acredito, que nem tudo o que acontece na mídia do videogame pode ser traduzido em texto para um livro. Digo, você pode se divertir bastante enquanto você está controlando o personagem da tela carregando chaves para lá e para cá por dez horas, mas ler dez horas de texto descrevendo a mesma atividade não é nem de longe tão interessante assim.

    As mudanças feitas por Perry S. D. (o escritor do livro) são conexões que ele faz com os próximos livro da saga, transformando todo o arco da Umbrella, aparentemente, em algo contínuo e mais interconectado; afinal, quando o primeiro jogo foi feito, não tinha como os roteiristas saber o sucesso que a franquia se tornaria e quantos mais jogos e narrativas acarretaria. Então eu sinto que nos livros as coisas estão se encaminhando, pelo menos até o ponto em que eu li, para algo muito mais conciso.

    E também, é claro, o gameplay foi adaptado para melhor caber no formato de um romance. Um exemplo disso é a sala da escopeta e a sala onde acontece o sanduíche de Jill, que no livro são mescladas em uma única localização a fim de manter um ritmo de leitura mais agradável e também a fim de evitar muitas repetições de situações muito parecidas, afinal Resident Evil 1 é cheio de salas com armadilhas, e enquanto várias acabaram sim sendo incluídas no livro, nem TUDO foi descrito no romance.

    Se eu tivesse de apontar um único defeito, é que as vezes a descrição do ambiente onde a cena está acontecendo é muito confusa, e não consegui realmente entender sua composição; mas eu nem culpo o autor por isso, pois esses ambientes foram projetados para fazer sentido numa mídia completamente diferente e descrevê-los deve ser realmente uma dor de cabeça.

    Enfim, eu já falei de tudo, menos da história do livro, qual é a sinopse: simplesmente a mesma que a do primeiro jogo. Pessoas estão desaparecendo perto da floresta nos limites de Racon City, seus corpos exibindo sinais de canibalização, e uma equipe de, basicamente, mercenários oficiais que trabalham em colaboração com a polícia é enviada para investigar esses acontecimentos, mas acabam presos numa mansão infestada de zumbis, e procedem a desvendar seus mistérios.

    Se vocês quiserem, eu posso fazer um resumo desse livro, bem como dos demais, já que eu planejo lê-los de qualquer forma.

    Conclusão: achei um livro muito divertidinho, me surpreendeu positivamente.

    ⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐★★

    Nota 08/10.







Nenhum comentário:

Postar um comentário