Eu sou da opinião de que filmes e séries adaptando jogos são, geralmente, uma merda. Eu pensava que uma série de livros adaptando uma série de jogos seria, também, uma merda. Imagina minha surpresa quando Resident Evil: The Umbrella Conspiracy me surpreendeu e me provou errado da melhor forma possível.
Antes de qualquer coisa, preciso avisar que o livro não é
uma adaptação 100% fiel aos jogos, mas diferentemente dos filmes, eu não apenas
aprovo as mudanças feitas aqui, que respeitam todos os personagens e cenário da
história original, como acho que elas são muito bem vindas.
Afinal, apesar de eu gostar muito dos jogos, tenho de
admitir, bem como qualquer outra pessoa que já jogou algum game da série, eu
acredito, que nem tudo o que acontece na mídia do videogame pode ser traduzido em
texto para um livro. Digo, você pode se divertir bastante enquanto você está
controlando o personagem da tela carregando chaves para lá e para cá por dez
horas, mas ler dez horas de texto descrevendo a mesma atividade não é nem de
longe tão interessante assim.
As mudanças feitas por Perry S. D. (o escritor do livro) são
conexões que ele faz com os próximos livro da saga, transformando todo o arco
da Umbrella, aparentemente, em algo contínuo e mais interconectado; afinal,
quando o primeiro jogo foi feito, não tinha como os roteiristas saber o sucesso
que a franquia se tornaria e quantos mais jogos e narrativas acarretaria. Então
eu sinto que nos livros as coisas estão se encaminhando, pelo menos até o ponto
em que eu li, para algo muito mais conciso.
E também, é claro, o gameplay foi adaptado para melhor caber
no formato de um romance. Um exemplo disso é a sala da escopeta e a sala onde
acontece o sanduíche de Jill, que no livro são mescladas em uma única
localização a fim de manter um ritmo de leitura mais agradável e também a fim
de evitar muitas repetições de situações muito parecidas, afinal Resident Evil
1 é cheio de salas com armadilhas, e enquanto várias acabaram sim sendo
incluídas no livro, nem TUDO foi descrito no romance.
Se eu tivesse de apontar um único defeito, é que as vezes a
descrição do ambiente onde a cena está acontecendo é muito confusa, e não
consegui realmente entender sua composição; mas eu nem culpo o autor por isso,
pois esses ambientes foram projetados para fazer sentido numa mídia
completamente diferente e descrevê-los deve ser realmente uma dor de cabeça.
Enfim, eu já falei de tudo, menos da história do livro, qual
é a sinopse: simplesmente a mesma que a do primeiro jogo. Pessoas estão
desaparecendo perto da floresta nos limites de Racon City, seus corpos exibindo
sinais de canibalização, e uma equipe de, basicamente, mercenários oficiais que
trabalham em colaboração com a polícia é enviada para investigar esses
acontecimentos, mas acabam presos numa mansão infestada de zumbis, e procedem a
desvendar seus mistérios.
Se vocês quiserem, eu posso fazer um resumo desse livro, bem
como dos demais, já que eu planejo lê-los de qualquer forma.
Conclusão: achei um livro muito divertidinho, me surpreendeu
positivamente.
⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐★★
Nota 08/10.
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