Não apenas seu dinheiro vale menos, e os produtos estão mais caros, mas esses mesmos produtos também perderam qualidade E quantidade.
Falar que tudo era melhor no passado é uma generalização
cegada pela nostalgia, que vê tudo através de lentes cor-de-rosa, mas dizer que
todas as comparações que chegam a conclusão de que a coisa em questão era de
fato melhor no passado é mentira, também é, igualmente, uma afirmação
incorreta.
Já existem inúmeros vídeos e artigos falando sobre a queda
de qualidade de inúmeros produtos de todos os tipos nos últimos anos para cá;
podemos citar desde sucos em pó que passaram a conter tão poucas frutas que
perderam o direito de serem chamados de sucos e viraram apenas “refrescos”, ou
doces do “tipo chocolate”, que não tem mais cacau o suficiente para serem
legalmente chamados de chocolate, até carrinhos da Hotwheels perdendo os
detalhes da parte de baixo dos veículos. E eu já até fiz um vídeo inteiro sobre
softwares se tornando cada vez piores.
Mas vocês já ouviram falar do termo “reduflação” ou
“shrinkflation”? É o nome que se dá à prática de reduzir a quantidade de
produtos vendidos, sem alterar o valor. Por exemplo, uma caixa de bombom nos
anos 2000 continham cerca de 500 gramas de chocolate, em 2010 300 gramas, e em
2020 250 gramas.
A CNN lista exemplos de 10% de redução de conteúdo em apenas
1 ano para alguns produtos, de 2022 para 2023, e essa não é uma tendencia que
mostra sinais de enfraquecimento.
Outro exemplo que eu não vi citado em lugar algum, mas que eu tenho certeza absoluta que é real, porque eu vivi essa experiência, é que em algum momento nos últimos 15 anos, bolachas waffer sofreram redução de 50% de seu conteúdo; antes vinham 2 fileiras de bolachas em um único pacote, mas em algum momento isso foi reduzido para apenas uma fileira.
E bem como eu falei no vídeo sobre a bostificação de
serviços digitais, isso se deve a ganância descontrolada da elite mundial, que
espera literalmente um crescimento infinito de lucros. Mas no meu último vídeo
eu apresentei também uma solução fácil, direta e prática, né: pirataria. Baixe
as coisas craqueadas sem nenhum peso na consciência porque esse pessoal merece
ir direto para a guilhotina de qualquer forma. Mas o que fazer quando estamos
falando de produtos físicos, matérias?
Bem, a minha sugestão é passar a dar preferência a marcas
menores e mais baratas. Eu sei que existe um preconceito grande com esse tipo
de coisa, tem até aquele meme do “classe alta, média, baixa, e aniquilação
social” (que em minha teoria da conspiração é uma jogada de marketing e mera
propaganda capitalista), mas como um auto-intitulado sommelier de marcas
alternativas, eu acredito que a diferença delas para as maiores e mais
exploradoras é apenas uma de status, porque muitas vez a qualidade das marcas
menores é até superior a das marcas maiores.
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