sábado, 14 de junho de 2025

Reduflação, Pague 1, Leve Meio!

Não apenas seu dinheiro vale menos, e os produtos estão mais caros, mas esses mesmos produtos também perderam qualidade E quantidade.

Falar que tudo era melhor no passado é uma generalização cegada pela nostalgia, que vê tudo através de lentes cor-de-rosa, mas dizer que todas as comparações que chegam a conclusão de que a coisa em questão era de fato melhor no passado é mentira, também é, igualmente, uma afirmação incorreta.

Já existem inúmeros vídeos e artigos falando sobre a queda de qualidade de inúmeros produtos de todos os tipos nos últimos anos para cá; podemos citar desde sucos em pó que passaram a conter tão poucas frutas que perderam o direito de serem chamados de sucos e viraram apenas “refrescos”, ou doces do “tipo chocolate”, que não tem mais cacau o suficiente para serem legalmente chamados de chocolate, até carrinhos da Hotwheels perdendo os detalhes da parte de baixo dos veículos. E eu já até fiz um vídeo inteiro sobre softwares se tornando cada vez piores.

Mas vocês já ouviram falar do termo “reduflação” ou “shrinkflation”? É o nome que se dá à prática de reduzir a quantidade de produtos vendidos, sem alterar o valor. Por exemplo, uma caixa de bombom nos anos 2000 continham cerca de 500 gramas de chocolate, em 2010 300 gramas, e em 2020 250 gramas.

A CNN lista exemplos de 10% de redução de conteúdo em apenas 1 ano para alguns produtos, de 2022 para 2023, e essa não é uma tendencia que mostra sinais de enfraquecimento.

Outro exemplo que eu não vi citado em lugar algum, mas que eu tenho certeza absoluta que é real, porque eu vivi essa experiência, é que em algum momento nos últimos 15 anos, bolachas waffer sofreram redução de 50% de seu conteúdo; antes vinham 2 fileiras de bolachas em um único pacote, mas em algum momento isso foi reduzido para apenas uma fileira.

E bem como eu falei no vídeo sobre a bostificação de serviços digitais, isso se deve a ganância descontrolada da elite mundial, que espera literalmente um crescimento infinito de lucros. Mas no meu último vídeo eu apresentei também uma solução fácil, direta e prática, né: pirataria. Baixe as coisas craqueadas sem nenhum peso na consciência porque esse pessoal merece ir direto para a guilhotina de qualquer forma. Mas o que fazer quando estamos falando de produtos físicos, matérias?

Bem, a minha sugestão é passar a dar preferência a marcas menores e mais baratas. Eu sei que existe um preconceito grande com esse tipo de coisa, tem até aquele meme do “classe alta, média, baixa, e aniquilação social” (que em minha teoria da conspiração é uma jogada de marketing e mera propaganda capitalista), mas como um auto-intitulado sommelier de marcas alternativas, eu acredito que a diferença delas para as maiores e mais exploradoras é apenas uma de status, porque muitas vez a qualidade das marcas menores é até superior a das marcas maiores.

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