Eu gosto de coisas “edgy”.
Eu gosto de coisas comicamente sombrias, de histórias embaraçosamente “diferentonas”.
Eu fico empolgado quando o protagonista perde a cabeça e sua outra personalidade ou demônio interior assume controle e quebra o vilão na porrada de forma cruel e altamente autodestrutiva.
Eu acho catártico quando o personagem principal simplesmente
mata o vilão e finalmente obtêm sua vingança.
E eu saboreio cada segundo da dor do herói quando ele chega
ao fundo do poço depois de perder a tudo e todos.
Prince Of Persia: Two Thrones, Sonic: Unleashed, Devilman,
Hellsing, histórias eletrizantes para mim.
Eu sou esse cara. Eu sou o público-alvo
dessas histórias.
E essa é palavra chave aqui “público-alvo”.
Simplesmente chamar algo de “edgy”, “trevoso”, “emo” ou
qualquer variação dessa ideia como se isso fosse um pejorativo, e classificar tais
obras como ruins só por esse motivo não é diferente de se dispor a assistir uma
partida de boxing, e então dizer que foi horrível porque teve muita porradaria.
Se você não gosta de histórias desse tipo, só não leia elas,
porque elas definitivamente não são ruins apenas porque não apelam para o seu
gosto em particular.
E não é como se faltassem outras opções para você também. Todo
mês sai um filme novo da Marvel ou DC onde metade da cidade explode sem que
ninguém fique ferido, e o mocinho manda o vilão para a cadeia da qual ele já
escapou 38 mil vezes; toda semana tem um episódio ou capítulo novo de sua
história favorita onde os personagens sofrem ferimentos fatais apenas para
serem ressuscitados no capítulo seguinte; a cada microssegundo tem um livro
novo onde o ou a personagem mais sem graça do mundo acaba ficando com seu crush
incrivelmente popular e atraente.
Mas gente esquisita também gosta de consumir e criar
histórias.
...Não que alguns não façam isso de forma inapropriada, mas
isso é outro tópico.
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