“Todo Mundo Quase Morto” é um filme pelo qual eu sempre fui muito obcecado quando criança, mas só depois de adulto que eu fui entender o porquê... por conta de seus temas!
Essa é minha interpretação dos acontecimentos do filme e contém spoilers.
Começando pelo mundo, vemos vários figurantes se comportando “como zumbis” muito antes do Apocalipse; eles andam de boca aberta, repetem as mesmas ações roboticamente, e não parecem ter vida por trás de seus olhos.
E o protagonista não é diferente: ele odeia seu emprego, odeia seus amigos, odeia sua família, mas não faz nada para mudar nada disso. Não apenas isso, quando ele finalmente decide tomar alguma atitude, quase todo mundo morre!
Porém, eu acho esse final muito apropriado mesmo assim. Afinal, seria muito cruel e simplesmente errado dizer que absolutamente tudo que acontece na vida de uma pessoa depende exclusivamente de suas ações.
Sim, você pode sair do emprego que odeia, e isso pode ser a escolha correta, mas não significa que seu próximo trabalho vai ser a coisa mais incrível do mundo. Sim, você pode encarar pessoas que te machucaram, mas às vezes elas não vão se arrepender de nada, e a amizade tem que acabar por ali. Ou ainda, você pode perceber que você esteve errado o tempo todo, que foi egoísta demais.
“Todo Mundo Quase Morto” é um filme que apelou para aquela fantasia de garoto que diz “vai lá e conquiste o mundo!”, mas com o caviar do aviso: “nem tudo sai como o planejado, mas falha não é motivo de vergonha.”
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